domingo, 12 de outubro de 2008

Ponto.
Pronto
Foi-se o ponto
Fica a vírgula sozinha
As reticências esquecidas que não podem contar tudo
O travessão mudo
Dois pontos
Ou um ponto basta?
Interrogo a incerteza do ponto de interrogação
Que sabe mais do que pergunta
Exclamo com ponto
Exclamo sem ponto
Falta-me pontuação
Faltam-me pausas contigo
Pontos contigo
Reticências contigo
Dois pontos contigo
Ponto de interrogação
De exclamação
Em ti, sobre ti, por ti, sob ti
A única pontuação que existe é o beijo
O teu
Ponto

2 comentários:

Maria Inês disse...

eu gostei muito deste. A ideia da pontuação, o ritmo do poema é muito marcado, e as sonoridades sao bonitas :) parabens!

Elza disse...

A Liliana é uma máquina de fazer poesia. Mas não é uma máquina qualquer... Toca-nos! Ponto!