Eu sonhei louca felicidade
com um amor doce, abençoado,
mas perdi minha liberdade,
é inutil meu grito amordaçado.
Meu sonho vive em ruína,
tão manchado pela maldição,
não m' esforces ter-te em surdina,
- liberta-me! e ter-te-ei com paixão.
Não me cries mais ansiedade,
quero de novo o chilrear de passarinhos,
... que deles hei tanta saudade.
Não me subjugues a teus desvarios,
inunda-me d' amor e de gestos mansinhos,
... e nossas lágrimas não desenharão mais rios!
António Luíz , 25.01.2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Azul cobalto- os dois rostos num aperto
Este poema foi escrito em paralelo com o que publiquei anteriormente da "Maria"
e pretende criar um ambiente a que chamei " Díptico do desencontro"
Azul cobalto- os dois rostos num aperto
Acordei preso de pétalas
amarelo malmequer
rodeado de cabelos em ogiva
os dois rostos num aperto.
Diria o sonho extinto
não fosse a flor na jarra
azul cobalto
que rodava crendo-se viva
sorrindo na volta do vidro
caule esguio de uma linha
na mesinha onde sopra
seiva verde de permeio
entre o linho do tecido
e o mármore cinza um pouco frio.
A luz ténue matinal
película fina
qual imperativa razão
desce lenta a persiana
adormeço de novo
no mesmo sonho
e
sinto-me de ti como o crepúsculo
prisioneiro na longínqua serrania
num rubor rosa de nuvens
os dois rostos num aperto
e um bailado
dos teus braços de alimento
ao meu corpo em desconcerto
tonto ao sê-lo.
É sonho bem sei
e planeio
bem mais do que um simples devaneio
poemas de palavras
que te toquem os cabelos
com ternura
as mãos dadas e os passeios
de aromas silvestres sabor de amoras
que te troquem os jeitos a postura
a miragem de um oásis
nos sossegos do teu seio
e ser eu o jardineiro
de ganga e saco de juta
na procura das sementes
no canteiro dos teus lábios
doce rosa de Alladin.
É sonho bem sei
mas a flor diz o contrário
na jarra côr azul
azul cobalto
os dois rostos num aperto
tontos dois tontos
sem sê-lo
e pretende criar um ambiente a que chamei " Díptico do desencontro"
Azul cobalto- os dois rostos num aperto
Acordei preso de pétalas
amarelo malmequer
rodeado de cabelos em ogiva
os dois rostos num aperto.
Diria o sonho extinto
não fosse a flor na jarra
azul cobalto
que rodava crendo-se viva
sorrindo na volta do vidro
caule esguio de uma linha
na mesinha onde sopra
seiva verde de permeio
entre o linho do tecido
e o mármore cinza um pouco frio.
A luz ténue matinal
película fina
qual imperativa razão
desce lenta a persiana
adormeço de novo
no mesmo sonho
e
sinto-me de ti como o crepúsculo
prisioneiro na longínqua serrania
num rubor rosa de nuvens
os dois rostos num aperto
e um bailado
dos teus braços de alimento
ao meu corpo em desconcerto
tonto ao sê-lo.
É sonho bem sei
e planeio
bem mais do que um simples devaneio
poemas de palavras
que te toquem os cabelos
com ternura
as mãos dadas e os passeios
de aromas silvestres sabor de amoras
que te troquem os jeitos a postura
a miragem de um oásis
nos sossegos do teu seio
e ser eu o jardineiro
de ganga e saco de juta
na procura das sementes
no canteiro dos teus lábios
doce rosa de Alladin.
É sonho bem sei
mas a flor diz o contrário
na jarra côr azul
azul cobalto
os dois rostos num aperto
tontos dois tontos
sem sê-lo
O voo frágil do colibri
Abraço a árvore da selva amazónica
cara ao lado nas unhas de casca
a árvore e eu sózinha.
Pelo caminho das gangas sobe um esquilo
descansa no cinto castanho irmão de côr
segue grávido de noz ao redondo lugar
da toca na altura do cabelo.
Qual o nome destino que desponta
o ritmo batuque pulsante
que alimento de sabrinas
pés distantes no calor liso das raizes
milenar fluído de liras capilares
circular música sina dos sentidos
a árvore e eu sózinhas.
Posição imprópria e singular
acalmia
sinto-me bela adormecida
no berço rutilo titânio das pupilas
braços abertos seios despertos
desejo
a seiva fruta dos lábios
ofereço
o cálice flor de mel
no voo frágil do colibri
a árvore e eu
Aqui.
Maria-
cara ao lado nas unhas de casca
a árvore e eu sózinha.
Pelo caminho das gangas sobe um esquilo
descansa no cinto castanho irmão de côr
segue grávido de noz ao redondo lugar
da toca na altura do cabelo.
Qual o nome destino que desponta
o ritmo batuque pulsante
que alimento de sabrinas
pés distantes no calor liso das raizes
milenar fluído de liras capilares
circular música sina dos sentidos
a árvore e eu sózinhas.
Posição imprópria e singular
acalmia
sinto-me bela adormecida
no berço rutilo titânio das pupilas
braços abertos seios despertos
desejo
a seiva fruta dos lábios
ofereço
o cálice flor de mel
no voo frágil do colibri
a árvore e eu
Aqui.
Maria-
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