segunda-feira, 22 de novembro de 2010
um poema escrito no céu
Paul Klee
não sossega a luz de cor rubra. escurece.
surge a névoa. uma toalha sobre a mesa
quando a noite, escondida, é das estrelas;
lugar azul de mãos abertas .
anjos de lua abrem linhas nítidas
em vidros de gelatina, ombros divinos
lábios sobre as brumas
leis subidas de poesia -
perdem-se os medos por esses dedos siderais
reflexos de astros, espelhos de veludo
almas de mercúrio
flectindo em ondas célebres de chama
os ventos sibilantes, ínvios, ínvios
ínvios e marginais -
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