Não estava perto nem longe do lugar;
cinzelado na figura alta de Rodin.
Nem tão pouco entendia se a distância
trazia o olhar de Camille nos ínvios
caminhos onde obra e arte no conjunto
resplandecia o caminho das estrelas
no céu astral.
Não havia outra razão de procurar
no intermédio se coisa alguma afinal
teria o dom de iluminar esse dia
homem de dias mortais, a noite
o infinito de claridade que redefine
histórias do filme gasto, irracional.
Inefável instante obtuso, suspenso
em névoas de outros sonhos, células
divisas na leveza do ser, asas ténues
delicadas, suaves borboletas de antenas
nascente de aneis circulares, casulos
meditação.
Planalto de incerto limbo
nem perto nem longe do vale
nos braços do vento Leste,
do vento Norte, do Suão: Nós e
o fio aço, o fio ferro, o fio brasa
no mesmo nada, à vez resistindo
à corrosão, crescendo de rugas
nos castanhos óxidos, sugando
fogueiras de calor e brilho,
cada um nas suas cordas bambas
segurando o coração de salto
brusco no equilibrio "Rambo"
da alma.
Não estava perto nem longe de tudo
perto nem longe de nada
naquele lugar.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Um poema do David
Na outra noite,de um lado ela
mesmo em frente todos nós
cada um junto dela
ela dentro de nós.
Maria Teresa Horta
Falou-nos sem o peso dos minutos numa auréola encantada de muitas histórias, da tal dimensão que só alguns atingem. Todas as palavras eram leves e sem esforço, naturais, tão claras de sentido, tão deslumbrantes de evidências como se tivessemos sede e de copo ao lado não conseguissemos usar as mãos. Aprendemos a serenidade a tranquilidade de uma mente superior que nunca usou de presunção em momento algum. Fez-nos acreditar que vale a pena lutar pelos nossos sonhos.
Deu-nos asas!
Também falou dos seus amigos, daqueles que lhe rondam a casa na esperança do convite, da partilha dos seus cozinhados. De muitos que são e de outros que já eram.
Dos que já eram destaco outra mulher de força Natália (Correia), ainda o José (Cardoso Pires) e o David (Mourão Ferreira), a quem tratava pelo primeiro nome, como se ainda ali estivessem vindos de uma animada tertúlia trauteando poemas e melodias, enlevados nas teclas de um piano, de um bar muito conhecido, chamado de Botekim,ali à Graça, no bairro da capital.
Há dias deixei um poema simples do David que para mim não deixa de ser bonito (devo dizer que saiu no teste do 8º Ano do meu filho... no exame nacional do último ano... e portanto é bom sabermos que ainda se dá na escola...)
Hoje deixo outro:
INTERIOR
É bom ouvir de noite uma trompa de caça
Despir muito depressa a túnica da Lua
E descobrir o amor no forro de uma casa
onde apenas vibrava a memória de chuva
Depois de arrebatar o corpo da amada
ao ritmo infernal de um batuque de guerra
é bom permanecer na mesa de montagem
misturando Anfião Vivaldi Apollinaire
É bom lançar ao fogo um velho dicionário
É bom o crepitar das palavras antigas
Adivinhar quais são as que por fim renascem
e que sabem voar ao sair ds cinzas
É bom pedir perdão ao som de uma sonata
Segredar num soneto a ária de um remorso
É bom recomeçar com música de Jazz
Vestir sem ninguém ver a túnica de Apolo
mesmo em frente todos nós
cada um junto dela
ela dentro de nós.
Maria Teresa Horta
Falou-nos sem o peso dos minutos numa auréola encantada de muitas histórias, da tal dimensão que só alguns atingem. Todas as palavras eram leves e sem esforço, naturais, tão claras de sentido, tão deslumbrantes de evidências como se tivessemos sede e de copo ao lado não conseguissemos usar as mãos. Aprendemos a serenidade a tranquilidade de uma mente superior que nunca usou de presunção em momento algum. Fez-nos acreditar que vale a pena lutar pelos nossos sonhos.
Deu-nos asas!
Também falou dos seus amigos, daqueles que lhe rondam a casa na esperança do convite, da partilha dos seus cozinhados. De muitos que são e de outros que já eram.
Dos que já eram destaco outra mulher de força Natália (Correia), ainda o José (Cardoso Pires) e o David (Mourão Ferreira), a quem tratava pelo primeiro nome, como se ainda ali estivessem vindos de uma animada tertúlia trauteando poemas e melodias, enlevados nas teclas de um piano, de um bar muito conhecido, chamado de Botekim,ali à Graça, no bairro da capital.
Há dias deixei um poema simples do David que para mim não deixa de ser bonito (devo dizer que saiu no teste do 8º Ano do meu filho... no exame nacional do último ano... e portanto é bom sabermos que ainda se dá na escola...)
Hoje deixo outro:
INTERIOR
É bom ouvir de noite uma trompa de caça
Despir muito depressa a túnica da Lua
E descobrir o amor no forro de uma casa
onde apenas vibrava a memória de chuva
Depois de arrebatar o corpo da amada
ao ritmo infernal de um batuque de guerra
é bom permanecer na mesa de montagem
misturando Anfião Vivaldi Apollinaire
É bom lançar ao fogo um velho dicionário
É bom o crepitar das palavras antigas
Adivinhar quais são as que por fim renascem
e que sabem voar ao sair ds cinzas
É bom pedir perdão ao som de uma sonata
Segredar num soneto a ária de um remorso
É bom recomeçar com música de Jazz
Vestir sem ninguém ver a túnica de Apolo
David Mourão Ferreira
Amor criogénico
Tu querias inundar-me
de beleza,
Mas és belo e incapaz
por natureza
de um degelo
ao amor em rigor mortis
que aqui jaz
Em vez disso, que certeza
tu me dás
Do poder tão criogénico
Tão capaz
e com desvelo
o amor on the rocks
consumirás
A batida é devagar,
A veia pulsa atrasada
Aos flocos o sangue cai
em quase nada
Numa neve
Vascular
Zango-me então contigo
Deixas-me aqui neste estado
Com o peito consumido
E o amor por consumar
Amor em amor fatiado
Meu coração sem sentido
Jaz sentado sem pulsar
Em arca frigorífica
Do meu peito hipermercado
Abatida devagar
A voz é pausa marcada
De flancos o amor cai
Da escada
Numa febre
Glaciar
Não penses que te deixo impune
Depois de gelares o meu peito
Rompeste a corda que une
Fizeste "eu" do "nós" desfeito
Espero-te numa outra esquina
Com veia gelo de assassina
E um revólver apontado
Agora sou eu que grito
Devolve-me já neste instante
Todo o tempo que tomaste
Do meu coração assaltado
Meu coração assaltante
Criminoso amor tornaste
Agora sou eu que dito
Cem mil dias de cobrança
Pelo amor que é sentença
Teu amor, tua poupança
Que nunca comigo gastaste
Não chames que te trago de volta
Depois dos teus crio-danos
Deixaste meus sonhos à solta
Agora solta os meus planos
Bate o dente, bate o dente
Nem que tente, nada tenho
Coragem, vontade ou empenho
De te assaltar o calor
E vejo os logrados desejos
De um amor que degele
Este frio, esta tristeza
Olho e tu já não estás
Debaixo da minha mesa
Mas persistes sob a pele
de beleza,
Mas és belo e incapaz
por natureza
de um degelo
ao amor em rigor mortis
que aqui jaz
Em vez disso, que certeza
tu me dás
Do poder tão criogénico
Tão capaz
e com desvelo
o amor on the rocks
consumirás
A batida é devagar,
A veia pulsa atrasada
Aos flocos o sangue cai
em quase nada
Numa neve
Vascular
Zango-me então contigo
Deixas-me aqui neste estado
Com o peito consumido
E o amor por consumar
Amor em amor fatiado
Meu coração sem sentido
Jaz sentado sem pulsar
Em arca frigorífica
Do meu peito hipermercado
Abatida devagar
A voz é pausa marcada
De flancos o amor cai
Da escada
Numa febre
Glaciar
Não penses que te deixo impune
Depois de gelares o meu peito
Rompeste a corda que une
Fizeste "eu" do "nós" desfeito
Espero-te numa outra esquina
Com veia gelo de assassina
E um revólver apontado
Agora sou eu que grito
Devolve-me já neste instante
Todo o tempo que tomaste
Do meu coração assaltado
Meu coração assaltante
Criminoso amor tornaste
Agora sou eu que dito
Cem mil dias de cobrança
Pelo amor que é sentença
Teu amor, tua poupança
Que nunca comigo gastaste
Não chames que te trago de volta
Depois dos teus crio-danos
Deixaste meus sonhos à solta
Agora solta os meus planos
Bate o dente, bate o dente
Nem que tente, nada tenho
Coragem, vontade ou empenho
De te assaltar o calor
E vejo os logrados desejos
De um amor que degele
Este frio, esta tristeza
Olho e tu já não estás
Debaixo da minha mesa
Mas persistes sob a pele
El indepentista aburrido
Cerca de un ecepticismo exaservado y más que propenso a un ataque de ira que de catatonía existencial,
ofrezco mi mirada de elefante espantado por un ratoncito,
mi zarpaso felino a una bola de hilo,
mi hululular fantasmágorico una noche de halloween,
mi pasito duranguense y un trago de tquila,
A todos esos que creen en los “ismos”
Lo sé, no me he manifestado en a favor del desarme,
Y eso es belicismo
Ni contra el calentamiento global,
y eso no es ambientalismo
Porque he hablado inocuamente de las dictaduras,
Y eso es comunismo
Me he me he declarado abiertamente ateo
Y eso no es cristianismo.
Finalmente porque aún creo en la revolución
Y eso es terrorismo.
Para que no se diga que en nada he colaborado,
que solo he puesto mi cara indecente,
de pedófilo frente al crepúsculo,
de simbárita ante el hambre,
Porque he barrido el suelo por un par de nalgas con forma de maniqui en búsqueda de labios ansiosos de esperma
por ser un suicida,
sin pólvora,
sin filos,
sin alturas,
sin cuerdas,
sin ventanas abiertas,
En suma, por tener tan pocas ganas de abrir los ojos,
y colgar mis sueños a lo largo del dia,
recogerlos,
para tirarlos a la basura.
Sí, soy culpable de detestar las ambigüedades de solución fasista.
De declararme,
Moralmente incapasitado,
para poder destiniguir al PC de la Pc,
la OTAN del PATAN,
Los EU de la UE
Yo me digo, que prefiero ser un agujero por donde no pasa hilo
una cerradura oxidada
un catalejo de lentes borrosos,
un anuncio de pasta de dientes sin sonrisas,
un cero a lado de un -1
Al final,
tan sexy como un labio lepurino
desconsertante como la mirada estrabista
inrresistible como una coca-cola
a veces incomprensible como una película de David Lynch
Por último; Y porque nunca dije: tomen mi opinión y vendala, o toménla en cuanta, o aqui estoy, quiero que me escuchen Solo es que quizé parecer frío, morbido, calculador, analista, un maldito estratega, un estúpido filosofo-cientista, un marica escribiendo cartas, una ofinista cogiendo con su jefe,un escritor limpiando baños porque no quiere vivir de contar patrañas y mas, siempre se esta masturbando la cabeza,
La verdad nunca dije que no fuera:
-un secuestrador-violador de estrellas de cine que al oído les dice; es tú mejor filme, disfruta porque esta es la más inolvidable de tus actuaciones...
Siento por supuesto que levanto un poco de humo, cuando digo que jamás he llegado a explicar algo hasta el absurdo de preguntarle a mi interlocutor: tienes alguna otra pregunta acerca del tema?
-De eso, no soy culpable...
Roberto Diaz, 2008
ofrezco mi mirada de elefante espantado por un ratoncito,
mi zarpaso felino a una bola de hilo,
mi hululular fantasmágorico una noche de halloween,
mi pasito duranguense y un trago de tquila,
A todos esos que creen en los “ismos”
Lo sé, no me he manifestado en a favor del desarme,
Y eso es belicismo
Ni contra el calentamiento global,
y eso no es ambientalismo
Porque he hablado inocuamente de las dictaduras,
Y eso es comunismo
Me he me he declarado abiertamente ateo
Y eso no es cristianismo.
Finalmente porque aún creo en la revolución
Y eso es terrorismo.
Para que no se diga que en nada he colaborado,
que solo he puesto mi cara indecente,
de pedófilo frente al crepúsculo,
de simbárita ante el hambre,
Porque he barrido el suelo por un par de nalgas con forma de maniqui en búsqueda de labios ansiosos de esperma
por ser un suicida,
sin pólvora,
sin filos,
sin alturas,
sin cuerdas,
sin ventanas abiertas,
En suma, por tener tan pocas ganas de abrir los ojos,
y colgar mis sueños a lo largo del dia,
recogerlos,
para tirarlos a la basura.
Sí, soy culpable de detestar las ambigüedades de solución fasista.
De declararme,
Moralmente incapasitado,
para poder destiniguir al PC de la Pc,
la OTAN del PATAN,
Los EU de la UE
Yo me digo, que prefiero ser un agujero por donde no pasa hilo
una cerradura oxidada
un catalejo de lentes borrosos,
un anuncio de pasta de dientes sin sonrisas,
un cero a lado de un -1
Al final,
tan sexy como un labio lepurino
desconsertante como la mirada estrabista
inrresistible como una coca-cola
a veces incomprensible como una película de David Lynch
Por último; Y porque nunca dije: tomen mi opinión y vendala, o toménla en cuanta, o aqui estoy, quiero que me escuchen Solo es que quizé parecer frío, morbido, calculador, analista, un maldito estratega, un estúpido filosofo-cientista, un marica escribiendo cartas, una ofinista cogiendo con su jefe,un escritor limpiando baños porque no quiere vivir de contar patrañas y mas, siempre se esta masturbando la cabeza,
La verdad nunca dije que no fuera:
-un secuestrador-violador de estrellas de cine que al oído les dice; es tú mejor filme, disfruta porque esta es la más inolvidable de tus actuaciones...
Siento por supuesto que levanto un poco de humo, cuando digo que jamás he llegado a explicar algo hasta el absurdo de preguntarle a mi interlocutor: tienes alguna otra pregunta acerca del tema?
-De eso, no soy culpable...
Roberto Diaz, 2008
Gambeto
Tenderte,
sí,
desdoblarte,
como si fueras un mapa
al que solo acudo a buscar reflejos,
ecos de ubicaciones prefabricadas,
espejos caleginosos
donde perder el camino sea más fácil;
Supongo
que lo que quiero es extrañarte,
alejándome del punto vacío
por donde nuestras despedidas se cruzaron
como crucigramas
que encerraban miradas
y gestos mullidos,
Tuvimos que callarnos...?
Para decir:
Tal vez sea,
que te encuentreen el infierno,
olvidada de las lineas de mano pútrida,
descompuesta, apestando a estiércol,
que ahí anhelará tocarte
esfúmandose en un latido
como perro horrorizado,
como un guate ajeno corrído a la sombra
por el fuego semejante a una tumba,
meditando
que el futuro
es solo su desaparición,
en rastros
de sudores inahalados
de pistolas no empuãnadas
ydejos acuosos
de lágrimas o
sáliva evaporada.
Pudimos decir:
No te veré más:
Mañana me saco los ojos,
con un abrelatas desepcionado
que esperaba
nenúfares de mi alma
y solo recibió limazas coprofágas
caracoles descabezados,
un par de testiculos emplazados
a producir más esperma para callar cualquier ansia
Roberto Diaz, 2008
sí,
desdoblarte,
como si fueras un mapa
al que solo acudo a buscar reflejos,
ecos de ubicaciones prefabricadas,
espejos caleginosos
donde perder el camino sea más fácil;
Supongo
que lo que quiero es extrañarte,
alejándome del punto vacío
por donde nuestras despedidas se cruzaron
como crucigramas
que encerraban miradas
y gestos mullidos,
Tuvimos que callarnos...?
Para decir:
Tal vez sea,
que te encuentreen el infierno,
olvidada de las lineas de mano pútrida,
descompuesta, apestando a estiércol,
que ahí anhelará tocarte
esfúmandose en un latido
como perro horrorizado,
como un guate ajeno corrído a la sombra
por el fuego semejante a una tumba,
meditando
que el futuro
es solo su desaparición,
en rastros
de sudores inahalados
de pistolas no empuãnadas
ydejos acuosos
de lágrimas o
sáliva evaporada.
Pudimos decir:
No te veré más:
Mañana me saco los ojos,
con un abrelatas desepcionado
que esperaba
nenúfares de mi alma
y solo recibió limazas coprofágas
caracoles descabezados,
un par de testiculos emplazados
a producir más esperma para callar cualquier ansia
Roberto Diaz, 2008
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