quinta-feira, 11 de junho de 2009

Encontro-te

Encontro-te sempre no sítio certo;
na galeria de arte, no bazar antigo
na fila do teatro, no grupo animado
de um bar novo.

Costuma ser ao sábado
cruzamos o olhar,sabemos o sorriso
onde se apaga o lápis dos versos
e sobresssai a tinta permanente
do desejo ... a noite longa.

De frente vejo o grande aquário
um mundo pequeno: uma praia, duas luas
as estrelas, o mar suspenso
e dois corpos sem toalhas
vestidos de águas breves
(h)ora descendo num balanço
(h)ora subindo em desafio
ao sal mais salgado dos lábios
infindável beijo.


As mãos acenam e os teus olhos levam
o meu sonho dentro deles
esvoaçam as doces ancas, os cabelos
as marés dos teus seios
e os meus receios de que não chegue
o dia das cerejas, das certezas;
essa barca dos perfumes
que me leve com eles.