
Renée Magritte
(...)
Areias esvoaçantes, sob o foco dessa luz, enchiam-lhes o quarto, o claro território da ternura.
Então adormeceu, com a mão dela na sua mão, e entre os cabelos dela. A princípio ainda escutava, no fundo longínquo de si, o pulsar das nascentes do sono; depois tornou-se tudo azul e inefável, era o prolongamento daquela felicidade de asas e orvalho.
(...)
Urbano Tavares Rodrigues