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Pedro Bakst "Nijinski como um fauno"
floração de um mês de abril sem actos falhados nem afasias.
interrogações contemplativas.
unidade,evolução e terapia nos lírios brancos
apesar de um descontrolado de um jardim
onde residem inconstantes pétalas e assimetrias;
recantos de bolbos por crescer e diferenças
de ervas invasivas.
em abril há um princípio de primavera, cíclicas vidas
como os ciclames da pérsia, independentes;
cinco lemes de vento num mar de barcos distraídos
em sonhos permanentes.
em abril há os céus intempestivos e os espaços;
gestos completos de palavras
pequenos pormenores de aromas e folhas de serrilha
e o encurtar de distâncias nas sombras de origamis.
em abril há pássaros voadores em árvores ainda despidas
e as metamorfoses de noites intermitentes;
um bailado de faunos alados nítidos de mitologias
e poemas -