domingo, 21 de dezembro de 2008

O Touro



É força do poder e morde como um lacrau
Olha o homem olho nos olhos
Vendo-o sempre como escolhos à sua santa vontade.

E sabe como fazer da liberdade prisão e do amor brutalidade
E não se deixa seduzir pelo olhar de uma criança
Antes prefere uma trança – o seu cavalo-marinho –
Tanta força e tanto medo, tanto sangue e tanta morte,
E tanto crime branqueado

Não tem dúvida metódica – é pontual o seu terror –
tem uma roda dentada no lugar do coração.

Tem um capote vermelho com que lida a vida humana
e tem um cavalo alado com bandarilhas de morte

Corre o sangue na arena do crime organizado – morrem homens
revoltados de tanta submissão

Deixam-nos viva a memória

António Roma e José Almeida da Silva

o regresso do filho(a) pródigo(a).

Caros poetas e poetisas:

Antes de mais, as minhas GIGANTESCAS desculpas por não ter aparecido nas duas últimas sessões (com uma incomensurável pena minha), mas não deu mesmo para ir. Das duas vezes mandei mensagem à Ana Luisa a avisar que não poderia estar presente, mas da última vez ficou pendente - o meu velho telemóvel tem-se recusado um pouco a entregar recados!

A verdade é que, nestas duas últimas semanas, transformei a faculdade na minha casa, uma vez que as entregas de projecto e de tudo se aproximavam (todas ao mesmo tempo, graças a uma excelente organização em beneficio dos alunos). E quando digo que a faculdade foi a minha casa, digo-o literalmente, porque só ia a casa (a outra que eu já mal conhecia!) tomar banho e buscar comida para aguentar os dias seguintes. Estou hoje a escrever porque só ontem entrei de ferias às 9 da noite (depois de ter passado uma hora extra na faculdade a recuperar os pedaços da minha vida espalhados, o que inclui colheres, candeeiros, vitaminas e objectos artísticos do mais variado leque) e a minha tremenda felicidade resumiu-se em chegar a casa cair na cama vestida e recuperar das 4 directas que fiz esta semana e que me causaram uma média de 8 horas de sono por semana (o que seria normal ter por dia).

Portanto, tenho a confessar que o que escrevi se resume a legendas de pisos e diferenças de pavimentos e tenho imensas saudades das sessões. Será que alguem me poderia iluminar sobre o conteúdo das sessões a que eu faltei e trabalhos de casa respectivos se fosse possivel? Assim sempre escrevinhava qualquer coisa...

AH! tenho a dizer que foi uma fantástica experiência entrar no blogue e ler os últimos poemas, porque acho que se para alguma coisa o meu afastamento serviu foi para vos poder dizer que depois de duas semanas já se nota uma grande diferença na profundidade e musicalidade dos poemas. Se já eram bons, estão cada vez melhores! Muitos parabéns!

Um beijinho enorme e muitas desculpas a nossa "prezada" ana luisa e a todos os magníficos poetas que as sessões me permitiram conhecer.

ps: Segunda feira lá estarei sem falta para matar saudades!

Maria Inês Beires