quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia de Portugal



Uma das sete maravilhas de Portugal no mundo. Por lá andou Camôes e salvou de afogamento as preciosas folhas.

Metáfora malvada

Ao acordar a chuva intensa em telhado de zinco
falso granizo, berlindes metálicos de ruído.
Nos olhos líquidos um céu claro, claro de cio
húmido e branco escorrendo rios no azul cinzento
céu sem chama e o sol assim tão pouco
a luz insuficiente.

As ideias secas e a impressão que devia pousar a caneta:
"Hoje não! Hoje não escrevo!"

A chata tinta obrigando as lentes, os olhos
os dedos obrigando sempre o correr das letras:
metáfora, a nova metáfora, que ninguém conheça:

"Onde estás?Metáfora malvada!"

Ânsia e sede de uma gota mágica, gota metáfora:

"Onde estás?Metáfora malvada!"

Crina esvoaçante de uma estátua de pedra
que fluída expanda as células vivas
levante os cascos dos sentidos
leia o vento dos segredos nas narinas
o prazer frémito de cavalo de corrida!

"Onde estás?
Metáfora, metáfora, metáfora malvada!"