O teu rosto torna-se periódico às vezes
e persiste
em oráculo
a querer saber do meu
e dessa certa quantidade de gente à procura de gente:
É um enlace nos olhos dos bichos
uma energia claríssima
um fogo em artificio de espelhos
com tendência para rios
com tendência para rios
a cobrir devagar,
atrás de cada passo
acordando cada cão que se espreguice ao sol
transparente a cada mão, tão liquida
(como a música
mas menos horizontal)
e no entanto move-se
como se ainda na sombra de uma luz que nos amedronta
e vai levando gente
para a clareira mais provável
ao nível das nuvens dos átomos
quando ainda se tocavam
alinha olhares inteiros de bicho
na inclinação certa de se imitarem
é uma energia claríssima que depois se vem a saber