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Toulouse Lautrec "La toilette" 1889
Provo bebida jamais fermentada –
De Canecas em Pérola esculpidas –
Nem os Tonéis todos que há no Reno
Conseguem produzir um Álcool tal!
Inebriada de Ar – eu sou –
E Devassa de Orvalho –
Tonta – em dias de Verão que nunca findam –
Saindo de tabernas de Azul da Cor do céu –
Quando os «Taberneiros» expulsarem
Da Dedaleira a Abelha embriagada –
E as Borboletas – seu «trago» recusarem –
Hei-de beber e beber sem parar!
Até que os Serafins acenem os Chapéus de neve
E os Santos todos – corram as janelas –
Para verem a pequena Ébria
Escorando-se no – Sol –
Emily Dickinson "Cem poemas" Relógio d'Água Trad. Ana Luísa Amaral