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Fotografia retirada do The Guardian
Nesta cadeira pálida, livros cheios de folhas e um ruído de vento na janela;
Punhos de força, invisíveis, baques surdos -
Descreves os maus momentos e as repetições incessantes;
A obsessão das árvores, da lua, dos pássaros
Mas não atormentes os silêncios, os momentos parados sobre as asas da alma
Não será essa a faca nem a espada que corta os enigmas
De um castelo de torres agudas de onde saem morcegos
E pousam corvos nas noites mais escuras.
Não apoquentes os sonhos que estão mortos
E ergue a voz apenas pelos mais delinquentes
Aqueles que hão-de ser vivos
Os de raízes frágeis para serem grandes –
josé ferreira 4 Março 2012