domingo, 12 de outubro de 2008

resgata os meus sentidos na tua dor
na escolha impune da liberdade
intrometida no arbítrio
quantas semanas tem a dor?
Que espaço é a tua ausência?
O que sente o que não pensa?
Que amor é este que consome?
Tivesse cor a inconsistência
Era magia ser tão frágil
Cortar cortinas mascaradas
Do próprio rosto reparadas
Disfarce eterno desta lucidez
Que em vão desgasta a minha tez
Rugando em rugas meu pensar
Descortinando entre o olhar
A lenta marca deste tempo
Que nos abraça o desalento
Nos amordaça em impotência
Nos pôs nas costas a ausência
Nos despe de vaidade e sonho

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