domingo, 12 de outubro de 2008

Desdigo a tristeza e a melancolia nos sorrisos doces
Em que o tempo não é tempo
O espaço não é espaço
E as pessoas são só vultos andantes sem cor
O estranho local onde a solidão vive
Apedrejada em mares de cores difusas
As almas confusas que se objectivam na sua nudez
Na perspicácia ténue dos sentidos
O entorpecer lento do desdizer dos corpos
Esses mortos vivos despojados de stress
Enraizados na alegria da cegueira
Da tonteira do vinho tinto misturado com as histórias
As memórias que contamos
Inventamos o passado em repentes de surpresa
Sem mesa
Sem penas
Despesas que não pagam as contas da mente
A podre carne enfeitada de prata
Sem nada
Só a estranha face que nos une na nossa humanidade
As emoções

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