terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sunser Boullevard

II


Abrir um baú, possuir um século Inteiro
fechar-te os olhos num beijo, ver neles explodirem
e renascerem em Super Novas todas as estrelas que
abrem portas – és só as portas que elas abrem, os caminhos a percorrer, uma criança que brinca sozinha,
pensando que ninguém a vê, mas que está em directo na Sky news,
com a sua inocência exposta, uma criança que é um século que te arde no queixo e adocica o palato, uma criança que é só queixo e multidão (todos os que sobem e descem) ser o fim da tarde a beber e a vestir os seus calções justos:
os séculos e as pernas a tremerem,
só instante, como qualquer gesto humano.

Tudo é febre e dança sem controlo
ponta e mola, agulha: Tudo que acende um Abraço.


Nuno Brito

1 comentário:

Joana Espain disse...

Obrigada, estava a precisar de um abraço aceso depois do buraco negro. Muito agradecida.