terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O Atlanta



A arte nunca é terminada, só interrompida e abandonada

Leonardo da Vinci



Lembro-me muitas vezes das histórias dos Atlantas que me contavas, na sua rota geométrica que era só tinta e malhada na espera,
esperavam virados para o mar, os europeus, Um amigo que acendesse Tudo

quero-te tornar o Atlântico num sopro,
numa Sofia que cresce num búzio e que é salgada como a voz búlgara
e é também minha mãe
o oceano que nos une, chuva que te cai na cara
que te cai no passeio, na pedra trabalhada
que incendeia Tikoman, a minha mãe, o vento
sinto pena de não te ter beijado em bombazine claro


Pensei que este poema nunca fosse escrito, porque seria sempre acrescentado
Dama aflita que uiva e grita em frente à Calvin Klein, procurei uma forma clássica
de te dizer que te Adoro, não há forma para a amizade, o que cresce está sempre incompleto, a vontade de rechear o mar de relâmpagos que sentia Luís Miguel Nava,
O abraço que te serve de Escada

Cantiga de Amigo eterna e a ser feita, Sempre em Ti

a luz está acesa


Nuno Brito

1 comentário:

Joana Espain disse...

Que longa e encruzilhada viagem. Devia ter chegado aqui mais cedo:)
Como eu precisava de guardar geometricamente este oceano num sopro. Nava, escadas, nada. Faz e desfaz a cantiga de amigo, pode ser que chegue:)