quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

TERMINAL DE DESILUSÃO

Afundo-me na tristeza,
sem as lágrimas convulsivas de outrora,
mas compulsivamente irrascível;
nada mais vale a pena,
não interessa sequer avaliar
porque se demoliu o amôr,
ou porque se esfumou a paixão(?).
...o fulgor do sol também se esvai,
e o vento ora sopra de rompante,
outras vezes porém tão meigo é,
apaziguador, e tão refrescante!
...............................
...Hoje, o dilúvio assassino
perturba a doce paz da foz
do meu rio de encantos!...

(Quando o(a) companheiro(a) de uma longa e
emotiva viagem foi a paixão, ou simplesmente
uma excelente e amiga criatura que no final
se despede para sempre...como que a morte o(a)
tenha levado).

- António Luíz, 13 a 19/01/2011

2 comentários:

josé ferreira disse...

Olá António

as perdas são no instante da percepção, um "terminal" e a "desilusão". e o poema reporta lancinante o momento. mas, por vezes, com o caminhar do tempo, num outro tempo, num outro momento, num outro poema, os versos desmentem e mostram claros, porque de nós não depende o futuro e a vida seguiu a linha do destino.

Abraço

José

antonio pinto de oliveira disse...

Olá José. Já fui um puro determinista, e mais determinado também! Hoje vivo uma mescla entre o meu querer e a "força do destino". Tento comandar a minha vida...nem sempre é fácil, e surgem escombros que temos que desviar, ou saber ultrapassar... Obrigado pelo comentário e por uma certa força natural, e sempre tão humana...Abraço amigo.