quarta-feira, 6 de junho de 2012

A um ritmo certo, na parede branca


                                           

                                  Ludvik Glazer-Naudé        


As fotografias  passavam como diapositivos.
A um ritmo certo, numa parede branca.
Ali um barco, ali um pássaro, ali uma árvore
Ali um ombro.
A um ritmo certo que passava na parede branca.
Ali os olhos, na metade de um espelho.
Ali um braço, ali uma unha pintada de vermelho.
Ali um pé pousado numa sabrina plana.
Ali uma brisa de platina e os cabelos ao vento.

A um ritmo certo na parede branca.

josé ferreira 6 Junho 2012

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