quarta-feira, 9 de maio de 2012

um poema pequeno


                        Royal Ballet de Londres

apenas quero escrever um poema pequeno
para que não esqueças que te escrevo sempre
mesmo quando é Inverno e há chuva lá fora –

um poema pequeno
porque não posso adormecer assim de repente
sem que te diga para adormeceres,  lentamente –

um poema pequeno
sem palavras complicadas e em gestos de seda;
aqueles que me vestem os dias, os únicos límpidos –

 gestos naturais, leves e lentos;
 um muro de brisas quando o vento se levanta e sopra o frio –

e para que nada te magoe
nenhuma pergunta e nenhum mistério
quando a lua pousa, nos teus olhos de mundo –

1 comentário:

Carol Timm disse...

José,

Poemas pequenos podem conter grandes ternuras, muitas delicadezas. Esse é imenso :)

Já falei que suas cartas são lindas também?

Bjs,
Carol