quarta-feira, 2 de maio de 2012

A incerta luz do poema

(A incerta luz do poema)

Surge pequena, de um nada
Em cada nova alvorada

Trago mil luzes nas mãos
Para doar a quem passa
Candeeiros de brincar
Com versos por carapaça

(A incerta luz do poema)

Ilumina pequena, escondida
Mais uma forma, uma vida

Lanço poemas ao mar
Quando adormeço, confesso
Para em naufrágios de sonhos
Ter barcos feitos em verso

(A incerta luz do poema)

Tem dos brilhos o mais certo
Numa ponta o coração
Na outra o universo

Penduro estrofes em ramos
Para florirem em cor
Quando as linhas se cruzarem
Nos olhos de um novo amor

(A incerta luz do poema)

Não tem fim nem amanhã
Nasce hoje e por magia
Torna a nascer amanhã

(A incerta luz do poema:
Guarda-a embalada bem dentro)

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