domingo, 25 de março de 2012

Morte

Há na vida um tom ocre de lamento
Doce dor em vento, sopro e liberdade.
Face da metade de um outro equinócio,
Árida e surpresa, uma nuvem presa, na terra
em inércia, parada e muda, epitáfio surdo
Memória inquieta, paixão em colcheia
Rápida e segura, alterna a loucura com a centopeia.
Só a incerteza sorri à inconstância
De mudar de par a meio da dança.
Rodopio áspero, a vida em moinho
Mói a juventude em centeio fino;
Branco e sabedor, cor de luz e leve
Há no fim a luz da mais branca neve.

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