sexta-feira, 5 de novembro de 2010

peco
sempre que solto o meu pensamento
e te encontro
no espaço liquido de bolha de sabao
levada no vento a toa
em purpurinas de brilho
peco
sempre que imagino o teu gosto
e te beijo
sorvendo o sal e o doce que de ti se desprende
labios de carne rosada
tintos de sabor
peco
sempre que as minhas maos
desenham o teu rosto
contorno redondo e quente do amor
tatuado a ferro e fogo
no mais fundo de mim
e peco
neste lugar sem pecado
nuvem suspensa e leve
de algodao doce como tu
peco
mas nao tanto

Clara Oliveira

1 comentário:

josé ferreira disse...

Clara obrigado pelo regresso. é um belo poema sobre o pecado.