sábado, 21 de março de 2009

O hotel das camélias

Atiças-me a verbe o corpo quente
e eu descalço enfermo de mola presa
que me lance em frente na parede
dos teus braços azul organdi.
Voar no teu desejo
como oferta indefesa
dobrando asas no meu
tão refletido
no hotel das camélias.

Severa batalha de palavras
dissimuladas de metáforas e sentidos
feitas na impossibilidade ou não
de transformar a inferior realidade
na volumetria par de pupilas
como seta certa na entrega
de uma carícia de distância
canto gozo dança
tão visível interiormente
ao mesmo tempo
nos cruzados azuis e negros
olhares enfeites.

Avança um rubor de sorrisos
reactivos à mão estendida
na sede da seda dos pés
por debaixo da mesa.

1 comentário:

josé ferreira disse...

Este é o meu contributo para o Dia Mundial da Poesia. Publiquem-se!!
Vá lá!!!