sábado, 18 de junho de 2011

Verão o Inverno

Chove
A mesma água escorrida
Do dia, do olho e da ferida
Num dilúvio indistinto
Neste dia e no que sinto

Cá como lá
Assobia
Um vento que desafia
A verticalidade do ser
Pontes, ossos e dentes
Tremem forças indiferentes
À vontade de fazer

Trago dentro o mau tempo
A nuvem negra, o relâmpago
O tsunami e o ciclone
E quando de dentro me escapo
Abro a janela e destapo
Mais um negro pensamento
Que me trata pelo nome

E se da janela aceno
Vejo a cena tal e qual
Cá dentro mora o Inverno
Lá fora o temporal

1 comentário:

josé ferreira disse...

Olá Marlene
de Verão o(u) Inverno, faça chuva ou faça sol, é bom rever os teus versos, aqui de novo, neste também teu lugar. Apesar da existência da nuvem negra e do relâmpago há uma musicalidade que abre a janela, clareia o poema e que apresenta, um dia de chuva por dentro e cá fora um temporal.