sexta-feira, 11 de março de 2011

Exilada

Hoje, noutros agasalhos
não traz quase nada, o frio.
à espera do despontar
da flor de urge, a borboleta.

aqui longe a imaginar
pode o vento que junta
separar as nuvens

ninguém nota, inversão
e receio, até quando deixa
escorrer de mel, se e se
não chega mais flor.

vê, o escorrer das gotas
no vidro, só ainda não choveu.
nas ruínas da ponte
já não importa se é raro!

2 comentários:

josé ferreira disse...

Anabela há inversoões de nuvem, de um imaginário que se liga com as palavras e que resulta em poesia de algumas escadas de metáforas que nos põem a pensar e a repensar. gostei muito.

Anónimo disse...

Anabela, quisera eu que te exilasses na ponta da palavra poética que professo!

Pedro Reis