quinta-feira, 22 de abril de 2010

yo tambien soy Garzón

"há um telhado onde o vento vem chorar"
poema de juan kruz igerabide - uma página do meu caderno

afilado es el tejado de mi casa;
llora el viento
llora cuando pasa.


                            Juan Kruz Igerabide


este poema, escrito originalmente em basco e aqui traduzido para castelhano, fala de um telhado como a única parte de uma casa que se avista de muito longe. fala do olhar de uma criança que perdeu a casa no dia em a falange lhe levou os pais. fala de um homem adulto preso na memória de um telhado pousado na linha do horizonte, onde o vento vem intencionalmente chorar. e fala de vidas e de verdades que nem o vento pode esquecer.

raquel patrairca
vinteedois.abril.doismiledez

1 comentário:

josé ferreira disse...

Olá Raquel

mas que bem! as memórias que choram nos telhados causam medo e consciência de dor.

Abraço