terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nova, nova, nova, nova

Não era a minha alma que queria ter.
Esta alma já feita, com seu toque de sofrimento
e de resignação, sem pureza nem afoiteza.
Queria ter uma alma nova.
Decidida capaz de tudo ousar.
Nunca esta que tanto conheço, compassiva, torturada
de trazer por casa.
A alma que eu queria e devia ter...
Era uma alma asselvajada, impoluta, nova, nova,
nova, nova!

Irene Lisboa (Arruda dos Vinhos, 1892-1958)

1 comentário:

M. disse...

Pedi uma assim ao comer as passas