quinta-feira, 5 de março de 2009

O tempo é um não retorno e hoje vai parar

A tua voz é minha nesta tarde
Contas-me histórias
Ris histórias
O tempo é todo teu
O tempo és todo tu
Tarde rara de saudade
Feita de beijos e sonhos
Paralelos triste no asfalto
são saudade em pedaços
Ruas de saudade
Levam a maré em sonho
Há poesia nos dias simples
Pinta-se de cor o tempo
Desmarca-se o trabalho
Ordena-se que ninguém morra hoje
Hoje é o dia que parou
O dia em que o tempo parou
O tempo é todo teu
O tempo és todo tu
Saudade
Feita de beijos e sonhos
Vamos dar nomes às estrelas
Faltar ao trabalho
Parar o tempo
Ordenar que ninguém morra hoje
E Contar histórias
Muitas histórias
Até os beijos serem palavras

1 comentário:

josé ferreira disse...

Liliana este é um poema é uma maravilha. Começas no título já de si em verso forte: o inevitável irrepetível, o não retorno e o como seria bom parar o tempo.
Gostava ainda de destacar

"Ruas de saudade
Levam a maré em sonho
Há poesia nos dias simples"

Adorei "Vamos dar nome às estrelas
Faltar ao trabalho
Parar o tempo"

e gostei do fim de contar
"Muitas histórias
Até os beijos serem palavras"

Bjo e muitos parabéns