quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Narimbá

Narimbá quebrado no barco sai para o mar
a pele morena sabe a destinos de Sol e sal
e Narimbá parte, os dias todos pela manhã.

Leva farnel, uma sardinha o pão de maná
olha as ondas em héxagono sisal
espera o tempo largo medindo o céu
descaindo de luz nas pratas do seu mar.

Houve um dia o barco no areal.

Nesse dia o Sol subiu mais alto
soltou gotas escondeu o olhar
de nuvens cinzas ondas sentidas.

Foi o dia mais triste na praia de Iemanjá:
14 de Fevereiro - o dia da sereia

Narimbá entrou no mar.

1 comentário:

Joana Espain disse...

Olé José, adorei. É muito forte. Parabéns!!