quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Soneto de brincar

Um Deus pode. Mas como erguer do sol
O que ser humano não consegue
Oh Deus lá no Cé olha e tudo pede
Que a estrela há de servir a quem tem sede

Este riso que dá luz e tom verde
Empresta um pouco a quem nem tudo acende
Quem não dá ao amigo tudo vende
Renega amor família e antepassados

Não dás aos pobres a roupa coçada
E foge assim rebelde galopada
No seu lento vento que arrasta a amada.

E chora meu amor a mão lançada
Não deixes atrás a tua jangada
Apanha a vida, sonha que nem fada!

5 comentários:

Maria Inês disse...

Não gostei muito do resultado final, ficou com demasiados versos sem sentido! mas gosto imenso da primeira quadra e do último terceto! Ao menos terminámos tao bem como começámos :)

Isto de juntar poetas no mesmo papel às vezes tem destas coisas!

josé ferreira disse...

A poesia está lá, a espaços, e mesmo se o resultado final não é homogéneo, noto a sede, sinto a chama que acende e não enfada.
A poesia está lá... e o soneto também!

josé ferreira disse...

A poesia está lá, a espaços, e mesmo se o resultado final não é homogéneo, noto a sede, sinto a chama que acende e não enfada.
A poesia está lá... e o soneto também!

Ana Luísa Amaral disse...

Concordo com a Inês. (Havemos de falar de auto-crítica numa das próximas sessões). Também com o José -- mesmo juntando mãos no mesmo papel, a poesia está aí...

liliana disse...

Adorei as linhas: que a estrela há-de servir a quem tem sede e apanha a vida, sonha que nem fada!