quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O mar no seu lugar por um relâmpago

A calma madrugada
onde as rotinas não existem
o nada é tudo
o sono, o sonho e os abraços
os laços
o amadurecer do silêncio na noite
o lugar do abraço
o relâmpago sonoro da dor
o mar, guardião de contos, aventuras e heróis
o lugar das fadas, das sereias e dos tesouros perdidos de piratas
guardo o mar no meu lugar interior
os meus lugares de calma
tu és o mar nos dias quentes
relâmpagos em mim que se moldam em cor
a energia em abraços
tudo o que não sabemos no mar
o mar em nós
a vida em pequenas partículas
quase invisíveis
grandes como nós

2 comentários:

Nuno Brito disse...

"a vida em pequenas partículas
quase invisíveis
grandes como nós"

gostei deste contraste. Poema muito vivo!

Ana Luísa Amaral disse...

Liliana, não vou poder responder às variações todas -- que achei interessantíssimas. de resto, acho interessantíssima essa ideia de glosar o verso de Nava e sobre ele construir quatro poemas. diferentes uns dos outros, mas mantendo linhas de força comuns. muito bom! disse "variações", deveria dizer "poemas em torno", ou "em redor", ou "emergindo de"... continue.