sexta-feira, 27 de abril de 2012

Luz

Quando os sonhos encontram terra fértil
Nasce uma luz dourada e frágil
Quando a face da tristeza se desmonta
A alma ágil enrola o universo e o reconta

(nasce uma luz dourada e frágil)

Quando as estrelas se deitam nas pestanas
Enfeitam outra íris companhia
Sobem e descem as pálpebras, persianas
Focando ora a vida, ora a magia

(no sono nasce a luz dourada e frágil)

Quando o tempo se levanta dos relógios
Se ergue e dá ao espaço a sua mão
Todo o universo roda num poente
Como suave voo de um beijo
Deixando um som, prazer dormente
Em inquieta doce vibração
Encontram-se as pupilas face a face
No sono nasce a luz de novo enlace

(essa quieta luz dourada e frágil)

1 comentário:

josé ferreira disse...

Olá Liliana

obrigado por publicar, gostei muito e em especial"da luz dourada e frágil" que pontua e ritma o poema, uma "luz dourada e frágil" "quando o tempo se levanta dos relógios", um "suave voo""deixando um som"um nascimento de luz.