quinta-feira, 15 de março de 2012


ao tocar um caminho
falei-lhe ao ouvido
de uma matéria mais quente
para se esquecer da imitação das árvores

à escala de uma estação
o olhar
cada volta que a informação dá no espaço
como um convite para dançar

fomos deixando crescer as árvores
não era urgente falar de árvores
não são urgentes as praças
não sou urgente?

ao toque os caminhos acalmam
e sentam-se nas praças
fingem dormir

nesta praça
a cair de uma estrela
onde a informação se encostou um dia
apaixonada pelos olhos de um bicho
e caminhou

1 comentário:

josé ferreira disse...

Joana , gostei muito, "ao tocar de um caminho/falei-lhe ao ouvido/de uma matéria mais quente/para se esquecer da imitação das árvores"... a repetição "urgente/urgentes/urgentes..."
"...os caminhos que acalmam sentam-se as praças...fingem dormir"
magnífico :)