quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

a mulher do chapéu vermelho


Edward Munch


vejo-te como a mulher de chapéu vermelho junto a um fiorde da Noruega
impenetrável nas cores frias sem degelo
um fechamento de ausência
querendo-o, denunciado pelo desejo –
não sou o senhor do tempo nem os ouvidos do vento
não sei qual o lugar azul do vestido, a luminosidade seguinte -
as ondas sempre se elevam e descem num ritmo que acontece
uma determinação mais profunda ou mais de cima
desde o magma à nuvem à chuva.
qual a desconstrução de um novelo de pistas, provas, sinais?
talvez permaneça o labirinto
ou talvez se abra uma concha –


josé ferreira 23 fevereiro 2012

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