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fotografia retirada da internet
nas urgências sofre-se.
passam batas brancas e azuis
anunciam-se alertas laranja
e servem-se sopas quentes
em tupperwares com tampa
que não destapam a dor
aquela mesma soletrada nas mãos do doente
agarrada aos ferros da maca
uma cama que não fala
mas sobe e desce
de acordo com a altura adequada.
nas urgências sofre-se.
não há qualquer poesia nas palavras
apenas disfarces nos olhares de mais audácia
e não há poesia alguma nas palavras
no corredor cheio de medos e marcas
pelas dores que não são nossas
mas passam -
José Ferreira 30 Março 2011
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