
Richard Avedon 1987
supuz um vidro escuro inquebrável que chegava à lua
que dividia as estrelas que impedia a mistura do céu -
pura ilusão
quanto mais observo
a transparência subtil das cortinas
os desenhos de luz branca
delineando o corpo
na forma de não-distância
melhor compreendo
que o vidro nunca aconteceu -
e o quadro mudou
reacendeu de calor o pleno inverno
na paisagem magnífica de um alto monte
onde as mãos insinuantes sobre as rendas
onde a brisa
e onde suavemente
se ouve o deslizar da melodia
dedos que caminham
nas cordas de um violino -
José Ferreira 20 Fev. 2011
1 comentário:
Bela mensagem! Um poema cheio de metáforas que nos leva a outra dimensão.
bj
Enviar um comentário