sábado, 24 de janeiro de 2009

Carícia lenta permanente

Assinalo o benigno dia
que é teu
aqui ao lado
disfarçado na sombra
do Sol que te deseja.

Solto o beijo, a mão
ingénuo e cândido;
meu modo de ser.

Deslizo de sonho
no etéreo fumo dos afectos
junto a ti

Evolamos na brisa dos gestos inéditos
poesia reti(s)ente de asas imensas
carícia lenta, doce e permanente
riso sano
e no mesmo instante
o búzio gigante, sussurros,
rumorejo, sossego sim;
assinala o benigno dia
que é teu
nas ondas do mar.

1 comentário:

M. disse...

José,
Mais um bonito poema cheio de pequenas delícias. Delas destaco:
- O começo :"assinalo o benigno dia" , que ao ser repetido perto do fim confirma esta carícia permanente e circular que começa e reinicia.
- "disfarçado na sombra do Sol que te deseja"- é sempre tão bonito o inesperado contraste;
- poesia reti(s)ente....a própria palavra foi reticente e hesitou entre ser retida (reti) e sentida (sente)...muito bom!

Parabéns mais e mais uma vez mais