sexta-feira, 24 de outubro de 2008

[Eu não sou eu nem sou o outro,]

Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)

1 comentário:

josé ferreira disse...

Há um pricípio no qual não somos chamados e um fim que desconhecemos, o importante na vida está no intermédio, entre o que vem e o que vai, um sortilégio de vento , da certeza de nunca ser tudo e nunca ser nada e mesmo assim ser importante. Para se alcançar o que quer que se deseja há sempre caminhos feitos de "intermédios".
Não sou pesssimista como este grande poeta exilado na doença de Paris, prefiro ser um optimista de "intermédios".