sábado, 4 de outubro de 2008

Amar o verbo amar é demasia

Amar o verbo amar é demasia
Basta amar quanto baste
A vida, o mar e a maresia
As estrelas, o céu e a imensidão
Amar o Homem na sua exactidão
Nos gestos menores
Do dia-a-dia
Na sua breve alegria fugidia
No seu longo penar
De lenta agonia.

Amar o verbo amar é demasia.


José Almeida da Silva
In " Amanheceste em mim pelo poente"

3 comentários:

Nuno Brito disse...

Gostei muito! Gostava depois de ler o livro

A desalinhada disse...

Foi, exactamente, porque gostei, mesmo muito, deste poema, Nuno,que o publiquei, no nosso blog! É lindo, musical e delicado!
Este e todos os outros que constam no livro " Amanheceste em mim pelo poente". Até o título é muito bem conseguido e é a primeira estrofe de outro belíssimo poema!

Maria Celeste Carvalho

Elza disse...

Poema breve e, no entanto, pleno de significados! Palavras para quê?