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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Transfiguração

Partiste de madrugada
sem para mim olhar
só, cerraste-te em ti
na escuridão do teu quarto
jamais captarei tua alma
através do espelho magico
que foi o teu olhar

desalento,culpa,angustia
por aquilo com que te presenteei
que afinal me parece nada
remorsos do abandono dessa noite

recuso-me recordar
teu corpo inerte como um qualquer
não eras tu minha Mãe
jazida de vazio, em leito de morte
faltei-te, tua vida em mim

estranha sensação esta
fugir à vida, à morte
dez anos da tua ausência
e, no sofá te vejo lendo o jornal
perscrutando, energizando
serena e tacticamente como outrora


Eugénia Ascensão

domingo, 19 de outubro de 2008

O meu poeta

Como eu queria, imenso mar
que fosses o meu poeta
á noitinha te albergar
na minha casa, reles coração
roubar tuas silabas, teus sonetos
à laia de ladrãozinho
de pé descalço, maltrapilho
de ti
centelha e poente em mim
habitar o teu lugar
reter em meus devaneios
tão agre-doce fluido
como eu queria
mar, imenso mar

Eugénia Ascensão

deve andar perdido por aí...

Mil anos
ultimos dias e restos
baleias esculpidas
feitas de marfim
cenas, desenhos de caçadas
um livro aberto
laminas partidas
como marcação de imagem

Eugénia Ascenção

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Percorresse o elefante novo rio

Finalmente suegue o segundo T.P.C. ultrapassadas as várias dificuldades.



Percorresse o elefante novo rio
Aves mais aves, proximo artigo
Isoladamente penas libertar
Excesso de pele,calor e ar


Percorresse o elefante novo rio
Ocos os ossos das aves no ar
De leves penas e calor invadidas
Resto de origem, recente proximo


Percorresse o elefante novo rio
Mais que primo recente linhagem
Ocos de excesso, invadidos de ar


Percorresse o elefante novo rio
Aereos os ossos, terriveis no ar
Mais elo interior mais libertar.

Eugénia Ascensão