I -
Aqui jaz alguém
num exílio infindável,
um espaço de paz incomensurável,
lugar do Tempo de todos os tempos,
onde apenas floresce
a Memória dos ditosos momentos.
II -
Aqui jaz alguém
em exílio absurdo por tempo incerto,
campo de batalhas sempre deserto,
lugar do Tempo de todos os tempos,
onde apenas cresce
a Memória dos vazios opulentos.
III -
Aqui jaz alguém
em pacato exílio por benquista vontade,
mar imenso sem guerreiros, liberdade,
lugar do Tempo de todos os tempos,
onde apenas se enaltece
a Memória dos actos belos, não nevoentos.
(António Luíz ; VNGaia, 21-05-2009 )