sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Ecos - um poema de Ana Luísa Amaral traduzido por Maria Alonso
Em voz alta, ensaiei o teu nome:
a palavra partiu-se
Nem eco ínfimo neste quarto
quase oco de mobília
Quase um tempo de vida a dormir
a teu lado e o desapego é isto:
um eco ausente, uma ausência de nome
a repetir-se
Saber que nunca mais: reduzida
a um canto desta cama larga
o calor sufocante
Em vez: o meu pé esquerdo
cruzado em lado esquerdo
nesta cama
O teu nome num chão
nem de saudades
Ana Luísa Amaral. Se fosse um intervalo. Dom Quixote (2009)
Ecos
En voz alta, he ensayado tu nombre:
la palabra se ha roto
Ni eco ínfimo en esta habitación
casi hueca de muebles
Casi un tiempo de vida durmiendo
a tu lado y el desapego es esto:
un eco ausente, una ausencia de nombre
que se repite
Saber que nunca más: reducida
a un extremo de esta cama ancha
el calor sofocante
En cambio: mi pie izquierdo
cruzado en lado izquierdo
en esta cama
Tu nombre en un suelo
ni de añoranza
Poema de Ana Luísa Amaral traduzido por Maria Alonso Seisdedos no seu blog http://opoemaquehojepartilhariacomvoces.blogspot.com/
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