há este hábito de esperar os versos.
quando chegam tiro-lhes a capa molhada de uma chuva de junho
espreito a brancura dos ombros
coloco a mão na nuca para que descansem de uma viagem de mil anos
com ternura
para que soltem os cabelos
e de mão na cintura danço com eles –
josé ferreira