sábado, 9 de junho de 2012

poema de uma tarde de junho





















há este hábito de esperar os versos.
quando chegam tiro-lhes a capa molhada de uma chuva de junho
espreito a brancura dos ombros
coloco a mão na nuca para que descansem de uma viagem de mil anos
com ternura
para que soltem os cabelos

e de mão na cintura danço com eles –

josé ferreira