retirado da net
São resíduos de homens inclinados nos pomares
à sombra das aves
De camisa manchada pelas veias
de palha de peito aberto
Erguem-se os braços defronte do terreiro
e do fogo inimigo
Carregando uma paciência ao ombro
cheio de divisas e ninhos abandonados
No chapéu a pena de uma ave de companhia
e um assobio de bico vermelho
São homens cristalizados ao alto
pela terra salgada
E olhar tangente
ao campo de centeio decepado
Tiago Patrício Revista ÍTACA nº 1 Fev 2010