quinta-feira, 17 de maio de 2012
Já por aqui coloquei este post e muitos naturalmente já viram e partilharam, no entanto esta é a votação final, faltam dois dias, a letra é da Ana Luísa Amaral que me enviou o email e que agradeço que divulguem e votem, faltam dois dias vamos lá !
"Blanket Made of Blue, de Francisco Rua e Mariana Mello, com letra da Ana Luísa Amaral, a canção vencedora do Concurso Nacional Rio+20 poderá vencer o Concurso Mundial Rio+20 Global Youth Music Contest se conseguirmos mobilizar a população portuguesa para o voto.
Faltam apenas três dias para o encerramento da votação online.
Ouça a canção e vote até 18 de Maio:
http://www.global-rockstar.net/blanket-made-of-blue
Reenvie este e-mail para todos os seus contactos. Precisamos de milhares de votos, mas acreditamos que é possível concretizarmos este feito histórico de termos duas canções portuguesas a vencer um concurso mundial.
Muito obrigado!"
naquela casa habita
naquela casa habita a princesa dos alpes, as árvores e os pássaros,
rodeada de pinheiros de agulhas apertadas,
o tecido verde, a sua erva numa tela de terra
por vezes um caminho, despida –
naquela casa habita o cinzento da distância
de um outro monte e de uma outra casa
e o rosa na inclinação da bússola –
se olhares o sul encontras o sol
a sua luz na testa e
a sua sombra nas costas, nocturna, a sua lua –
se olhares o sul, encontras a viagem dos raios que trazem o
céu
esse mar de avesso, em cima, sem gotas de algumas nuvens –
se olhares o sul encontras um outro mundo
e um outro tempo, na sua asa de andorinha
na sua possibilidade, como Dickinson
e habitas, a casa como um ninho,
e a primavera como um aroma e uma luz de flores, um jardim,
seja de magnólias, orquídeas, jasmins, ou mesmo de dálias e
jacintos,
e a orquídea, a rainha das ilhas entre foguetes de fim de
ano
levada e em levadas pelo odor de buganvílias –
naquela casa entre a relva de um verde salsa e o caminho
habita a princesa dos alpes
habita o síncrono advento, a possibilidade de uma janela
grande aberta num alpendre,
num luar quente, numa rede que oscila em gestos pequenos –
naquela casa habita a melodia dos violinos, um quarteto de
som
o eco que prolonga o
braço e ergue uma varinha, a magia da madrinha
a humanidade das estátuas de Sofia, a fonte de uma nascença de águas
o seu rumor contínuo, a transparência em fio
o seu linho invisível –
naquela casa habita o embalo da serra, a sua tranquilidade
o seu búzio sem ruídos –
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