Afundo-me na tristeza,
sem as lágrimas convulsivas de outrora,
mas compulsivamente irascível;
- nada mais vale a pena,
não interessa sequer avaliar
porque se demoliu o amôr
ou porque se esfumou a paixão!?
O fulgor do sol também se esvai,
e o vento ora sopra de rompante,
outras vezes porém tão meigo é,
apaziguador e tão refrescante!
........................
Hoje, o dilúvio assassino
perturba a doce paz da foz
do meu rio de encantos!
( Antonio Luíz, 23-01-2011,
in "Poesia pragmática: Poemas de vidas", a publicar em Junho/Julho-2011)
domingo, 15 de maio de 2011
A luz do sol entra pela floresta
Salvador Dali
A luz do sol entra pela floresta,
Uma sombra de vento passa e esquece
E o filósofo mudo a encosta desce
Do ensombrado monte
Ora a luz toca-o, como a uma fonte
Ora a folhagem fecha o horizonte.
Paz que há nos campos, soergue a folha verde
Comoção imprecisa que se perde
E não teve razão,
Como ante vós a angústia se ergue em medos
E falece no peito o coração!
In Poesia 1931-1935 e não datada , Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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