sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Num copo de vinho

Num copo de vinho
Moram os dias
Audazes
Dos capazes
Ébrios alados

Afogados
No vinho a copo
É tinto o corpo
É findo o torto medo de ser
Somente

É findo o corpo modo de ser
Só mente
Porque do corpo a copo
Bebido
Assumes o dia
Consumido

E já nem sentes
O dormente
Verter de horas
E demoras
Sem escapar
Dos dias
como este

Mas,

Se ainda te moleste
O temor que bem pressentes
Mergulha fundo no copo
Dos contentes