Num copo de vinho
Moram os dias
Audazes
Dos capazes
Ébrios alados
Afogados
No vinho a copo
É tinto o corpo
É findo o torto medo de ser
Somente
É findo o corpo modo de ser
Só mente
Porque do corpo a copo
Bebido
Assumes o dia
Consumido
E já nem sentes
O dormente
Verter de horas
E demoras
Sem escapar
Dos dias
como este
Mas,
Se ainda te moleste
O temor que bem pressentes
Mergulha fundo no copo
Dos contentes