Num copo de vinho
Moram os dias
Audazes
Dos capazes
Ébrios alados
Afogados
No vinho a copo
É tinto o corpo
É findo o torto medo de ser
Somente
É findo o corpo modo de ser
Só mente
Porque do corpo a copo
Bebido
Assumes o dia
Consumido
E já nem sentes
O dormente
Verter de horas
E demoras
Sem escapar
Dos dias
como este
Mas,
Se ainda te moleste
O temor que bem pressentes
Mergulha fundo no copo
Dos contentes
2 comentários:
Marlene gostei deste copo de vinho em que o líquido (prevejo tinto) se escoa num descer de nível lento e que vai de modo diverso cescendo na alegria solta dos contentes. Bom retrato!
Bjo e Parabéns
'É findo o torto medo de ser
Somente---
---O dormente
Verter de horas
E demoras'
Precisa homenagem ao velho copo. Muito bonito.
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