segunda-feira, 19 de abril de 2010

um poema épico para um herói



era uma vez
um menino chamado afonso
que foi o mais bravo guerreiro
de todos os contos e histórias de encantar,
um herói tão especial
que lhe escreveram poemas épicos
daqueles que se cantam nas noites de luar;
inspirou as verdadeiras lendas
e ergueram-lhe estátuas de bronze
onde as donzelas e princesas
vinham deixar flores e outras prendas.


o seu nome ganhou um significado novo:
afonso passou a querer dizer
‘aquele que está pronto para combater’
e todos, fidalgos cavaleiros ou homens do povo,
que o viram ou conheceram a sua história
testemunharam a sua coragem
e guardaram-na, como a um tesouro,
nos cantinhos luminosos da alma
e nos corredores empoeirados da memória.


ainda hoje, acreditem em mim,
afonso é um nome sonante
de homem sábio, forte e importante
(tivemos muitos reis a quem chamaram assim).
tudo porque um menino com olhos de mel
combateu dragões, gigantes e moinhos
e até inimigos que nunca viu,
armado apenas com esperanças e carinhos
e montado no cavalo colorido de um carrossel.

– – – –

era uma vez
um menino chamado afonso
que tinha olhos profundos e doces,
com a vida para viver
e gargalhadas para dobrar.
queria ir à escola
e jogar à bola
e brincar.


era uma vez um menino
que em vez de ser só um menino
escolheu, muito cedo,
ser um exemplo a seguir:
porque ser um herói,
é ter medo
e sorrir.




dedicado ao afonso, no dia mundial da poesia. com carinho e um respeito infinito
raquel patriarca
vinteeum.março.doismiledez
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o afonso é um menino de seis anos.
está a lutar pela vida contra e uma leucemia rara e muito agressiva.
precisa da nossa ajuda.
eu já estou registada como dadora de medula óssea.
vem juntar-te a este 'exército'.
o alistamento faz-se num dos centros de recruta e basta prestar voto de fidelidade e fazer um juramento de sangue, o que implica assinar um papel e fazer uma - muito pequena - recolha de sangue para análise.
e depois é possível que salvemos a vida a uma criança...


para mais lendas e poemas sobre o afonso, clicar aqui.

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raquel patriarca