domingo, 24 de julho de 2011

essas palavras presas de delírio


Andreas Heumann


essas palavras presas no delírio
essas cartas brancas vestidas de enigma
fluem de aroma em asas acesas, reflexos firmes;
espelhos que agarram, braços de absinto
a elevar as águas, a torná-las infinitas -

sobem as marés descem as tulipas
no frágil caule que se inclina
pela raiz forte de mil desejos;
dedos de algas, seios de marfim
lábios citrinos nos ombros de mármore
pêndulos perdidos no emaranhar dos fios
linhas soltas no tempo, lágrimas salinas
o fim inevitável e excessivo antes de acalmar os ritmos
os trovões ribombantes na pele dos tímpanos
os perigos cardíacos -

e agora inclinados, adormecidos
normais e vestidos
num abismo de céu -

José Ferreira 24 Julho 2011

Poésies de Schiller - Amélie



Il était le plus beau des jeunes gens, beau comme
un esprit enchanteur du Walhala. Son régard céleste
avait la douceur du soleil de mai, et l'azur du miroir
des mers.

Ses baisers...ô sensation divine! comme deux
rayons de flamme se réunissent, comme les sons
d'une harpe s'accordent dans une merveilleuse har-
monie;

De même, dans ses baisers, l'esprit courait au-
devant de l'esprit et se confondait avec lui; les lé-
vres, les joues palpitaient, brulaient, l'âme se mariait
à l'âme; la terre et le ciel disparaissaient autour des
deux amants.

Schiller "Poésies" traduites par M.X.Marmier
Paris